Estrada de terra, poeira vermelha Acende a centelha no meu coração Aos pés da serra passam tropeiros Vão cavaleiros em solidão Menino pequeno abre a porteira Desperta a memória na minha canção Menino pequeno fecha a porteira Que a vida galopa sem direção Nas trilhas de Minas, de terra batida Prossigo na lida vindoura do sertão Viola de pinho, terno de linho Sou violeiro por devoção Estrada real de poeira fina De Diamantina até Parati Carro de boi, o ouro se foi Foi-se o tesouro que há muito perdi Um homem bem velho fecha a porteira E apaga as pegadas de tudo o que vi Um homem bem velho abre a porteira Que a vida galopa e eu vou seguir Que o tempo não para e eu vou seguir