No mar tanta tormenta, tanto dano Tantas vezes a morte apercebida Na terra tanta guerra, tanto engano Tanta necessidade aborrecida Onde pode acolher-se um fraco humano? Onde terá segura a curta vida ? Que este céu sereno não se arme Contra um bicho da terra tão pequeno Sempre eu cuidei, ó Padre poderoso, Que para as coisas que eu do peito amasse Tu fosses brando, afável e amoroso Posto que algum contrário lhe pesasse Mas, pois que contra mim te vejo iroso Sem que eu merecesse, nem te errasse Faça-se como Baco determina Aceitarei, enfim, que fui mofina Este povo, que é meu, por quem derramo As lágrimas (que) em vão caídas vejo Quantos males lhe trago porque eu o amo Sendo tu tanto contra o meu desejo Por ele a ti rogando, choro e bramo E contra a minha sorte (dita), (enfim), eu pelejo Ora se porque o amo ele é maltratado Se mal lhe quiser, será preservado Os lusos mores coisas atentando Novos mundos ao mundo irão mostrando