Mauro Moraes

Por Casa

Mauro Moraes


Por casa, quando me aquieto,									
E a alma charla comigo,									
O coração faz o resto									
Tenteando um mate comprido.									
Pressinto que ele coiceia,									
Chuleando o pano do pala									
E um chapelão aba larga									
De "renegá" tempo feio...									

(Ah! Meu sul, que tal um chasque, xirú!									
Conversa vai, conversa vem, 									
Não tem ninguém igual a ti!) Bis									

Comadre terra, a égua deu cria,									
Compadre sonho, "vamo-que-vamo",									
Pechando o gado, sempre a cavalo,									
Sovando as rédeas, légua por légua.									
Maneando alçado, somos da tropa									
Dos aporreados, pelo tordilho,									
Que por destino, passam as horas									
Tomando mate com o violão!