Quanto me há de custar Caminhos que deixei de andar Pra viver ao "tranquito" Fazendo roncar o mate... Em prosas comigo mesmo Tiradas de algum rodeio Um tanto apertado no peito Arrebanhando sinuelos! Quantas armas perdi Nas lidas do coração Amores que não recolhi Ali, calculando oque é bom... Onde a alma não pode ir Cavalos de tiro e de muda E léguas abrindo caminhos Campeando perguntas! Quanto campo, gado espalhado Não alcancei revidar Por vezes buscando as perdidas Em outras partindo "no más"... Por dentro e nas distâncias Ânsias que não se alcaça Apenas se leva por diante Recorrendo as estâncias! Contando o cusco da vida Pelas melenas tordilhas Em noites de lua nova Mescla de céu e de pampa... Vagalumes e estrelas Em lumes que se confundem Em uma só invernada Tapando a campanha! Quanto tempo vivi Mateando no meu lugar Um encontrar sem sair Estancieiro e capataz... De tudo aquilo que é meu Das coisas que quero bem Uma morada gaúcha Pra os dias que ainda vem!