É muito calor derramando sobre a terra Muita fumaça espalhada pelo ar Sufocando os poros e o pulmão da natureza Que ofegante não consegui respirar Um riacho agonizante sem vida Pede socorro e não recebe atenção Lamenta e chora calado a sua dor Pois será menos um riacho no sertão Cadê o pequizeiro, a corriola e o cajueiro Foram tombados pela lâmina do trator Que sem piedade limpa a plantação nativa Destampa o cerrado que se acaba em calor E acabam juntos, plantas, bichos e animais Seca a nascente que foi desprotegida Com isso seca o riacho e o ribeirão E o fim das águas a fonte de toda a vida Vamos salvar a terra Deixe o cerrado em paz Não queime a natureza Proteja os animais Vamos salvar as nascentes Pra nos salvar também Pois se águas se acabarem Não vai escapar ninguém