Que estranha força me dá O exílio da solidão Da soma de tantos vazios Quando a solidão É o avesso vazio, da percepção É o avesso vazio, vazio de percepção Querendo que ela me abrace Abrindo os braços alados Olho a banda passar Junto dos inconformados Talvez esse dia não chegue E os vazios cubram o mundo Mas o meu mundo é ela Por seus sussurros profundos Que estranha força me dá Cantando em todos os tons Vestida de todas as cores Afronta a deusa de prata Deusa de tantos horrores Sem medo ecoa seu grito Clara como a liberdade Silencia mil zumbis Acima da humanidade Que estranha força me dá Que fio de esperança me dá Seu brilho na escuridão Que em versos fala de amor E em prosa de convicção