Enlace o meu silêncio E valse a valsa avessa Que te fiz em pranto. É valsa em si contrária. Só pisando em falso Se pressente o chão. A música ilusória Quase te atravessa Sem você dar conta. E tanta antimatéria Sem querer se apossa Do seu coração. Esqueça o tempo então E valse um sentimento Por dentro a valsa esquece o som Extemporânea Imaginária Etérea como o amor Até quem sabe o Grande Amor! Amor que vem na valsa Mas que só se confessa Quando a valsa cessa Amor. Abrace o precipício E valse a valsa imersa Num silêncio insano. É valsa involuntária mansa em seu ofício de soar em vão. Canção desnecessária Quase sempre acessa Seu fundo oceano. Se você perde o senso Nasce na memória Súbito salão. Esqueça o tempo então E valse um sentimento Por dentro a valsa esquece o som Extemporânea Imaginária Etérea como o amor Até quem sabe o Grande Amor! Amor que vem na valsa Mas que só se confessa Quando a valsa cessa Amor. A sorte está lançada A valsa está cansada Logo vai cessar. No próximo compasso Vai sumir no espaço Vai se dissipar! Enlace o universo E valse a valsa imensa Que te fiz sonhando. Por mais que não pareça nessa valsa avessa Pulsa um coração.