Versão do Salmo 18 - Souza Caldas (Espírito) Por toda a parte Veja a criatura Na noite escura Da sua dor A eterna força De um Deus clemente Onipotente Cheio de amor Astros e mundos No céu girando Aves cantando O mar e a flor Todos os seres Hinos entoem Cantos ressoem Ao Criador! Eterno Artífice Que os sóis modela Lustres da auréola Da Criação Sois a bondade A mais perfeita A Luz Eleita A salvação Doce refúgio Dos desgraçados Aos meus pecados Muitos que são Imploro e clamo Com o meu espírito Turbado e aflito Vosso perdão Que desprezei O ouro brilhante Lindo e faiscante Bem sei, Senhor! Como fugi Da hora fugace Que me afastasse Do vosso amor! Mas bem sabeis Que a carne impura Leva a criatura A mais pecar Fazendo assim Pra meu tormento Meu pensamento Prevaricar Porém, o vosso Amor profundo Redime o mundo Do padecer Dando-lhe o tempo E áspera lida Para na vida Tudo vencer Vós que acendestes Faróis brilhantes Sóis rutilantes Dalmo esplendor Cantando a vida A onipotência E a pura essência Do vosso amor! Que sois o sol Dos universos Mundos dispersos Na imensidão Além da força Vós sois, também O sumo bem E a perfeição Que vence o mal O orgulho e a dor Que o pecador No coração Guarda com zelo Cruéis inimigos Que são amigos Da perdição Misericórdia Assim espero Almejo e quero Para que eu E os meus irmãos O mal deixemos E abandonemos Buscando o Céu Por vossa causa O maior gozo Esplendoroso Desprezarei Para que eu viva Na luz fulgente Eternamente Da vossa lei Assim, Senhor Minh'alma aguarda A luz que tarda Ao mundo vão Que há de esplender Nos homens todos Limpando os lodos Da imperfeição Dominareis Toda a impiedade Pela verdade Que em vós transluz! E, servo, aguardo Do vosso amor Consolo à dor Amparo e luz!