Vê-se da Terra o Céu, em toda a vida Como um vergel azul de lírios brancos Onde mora a ventura, e em cujos flancos Repousa a grande mágoa adormecida Céu! Quanta vez minhalma entristecida Anteviu tua paz, sob os arrancos Sob os golpes da dor, rijos e francos Na escuridão espessa e indefinida! Não sonhei com teus deuses venturosos Com teus grandes olimpos majestosos Cheios de vida e de infinitos bens Antegozei, somente, em minhas dores A paz livre de trevas e pavores Do imperturbável nada que não tens!