Mais se me afunda a chaga da amargura Quando reflexiono, quando penso No mar humano, encapelado e imenso Onde se perde a luz em noite escura Nesse abismo de treva a bênção pura Do espírito de amor ao mal infenso Sente o assédio do mal, é o contra-senso Da luz unida à lama que a tortura Mais se me aumenta a chaga dolorida Escutando o soluço cavernoso Da pobre humanidade escravizada Sentindo o horror que nasce dessa vida Que se vive no abismo tenebroso Cheio do pranto da alma encarcerada!