Sou o cantor das místicas baladas Que, em volutas de flores e de incenso Achou, no espaço luminoso e imenso O perfume das hóstias consagradas Almas que andais gemendo nas estradas Da amargura e da dor, eu vos pertenço Atravessai o nevoeiro denso Em que viveis no mundo, amortalhadas Almas tristes de freiras e sórores Sobre quem a saudade despetala Os seus lírios de pálidos fulgores Eu ressurjo nos místicos prazeres De vos cantar, na sombra onde se exala Um perfume de altar e misereres