A chuva benéfica e abundante cai dos céus Mitigando a sede da terra Assim também, o Amado faz chover sobre os homens Os poderes e as bênçãos No entanto, choras e desesperas Por que não recolheste a tempo a tua parte? Nada vi, responderás É porque teus olhos estavam nevoados na atmosfera do sonho O Senhor passa todos os dias Distribuindo os dons celestiais Mas as ânforas do teu coração Vivem transbordando de substâncias estranhas Aqui, guardas o vinagre dos desenganos Acolá, o envenenado licor dos caprichos O Amado é incapaz de violentar a tua alma Seu carinho aguarda a confiança espontânea Seu coração freme de júbilo Na expectativa de entregar-te os tesouros eternos Mas, até agora Persegues a fantasia e alimentas curiosamente a ilusão Todavia, o Amado espera E dia virá Na estrada longa do destino Em que estenderás ao seu amor infinito O cálice do coração lavado e vazio