Nunca te isoles entre os mananciais da vida A vida é o eterno bem que nos foi dado Para que o multiplicássemos indefinidamente E a alma que se abandona Ao sofrimento ou ao bem-estar É um deserto sem oásis Onde outras almas sentem fome e sede Multiplicar a vida É amar sem restrições A flor, a ave, os corações Tudo o que nos rodeia Atenuar a dor alheia Sorrir aos infelizes Bendizer o caminho que nos leva Da treva para luz Agradecer a Deus, que é pai bondoso O firmamento, o luar, as alvoradas Ler a sua epopéia feita de astros Ter a bondade ingênua das crianças Tecer o fio eterno da esperança Por onde se sobe ao céu Dar sorrisos, dar luzes, dar carícias Dar tudo quanto temos Tudo isto é amar multiplicando a vida Que se estende infinita no infinito Dar a lição de paciência se sofremos Dar um pouco de gozo se gozamos É guardarmos a semente Da vida Em leivas verdejantes E a qual há de nos dar Sombras amigas para descansarmos Indumentos de flores perfumosas E frutos aos milhares Para nutrir as nossas alegrias Nos jardins estelares