Pode o céu do desterro ser tão belo Quanto o céu do país em que nascemos Nada faz com que o nosso desprezemos Acalentando o sonho de revê-lo Todo o nosso ideal pomos no anelo De regressar, e voando sobre extremos Com o pensamento ansioso percorremos Nosso amado rincão, lindo ou singelo Jaz no desterro a plaga da amargura De acerba pena ao pobre penitente De amaro pranto da alma torturada A alegria no exílio é desventura É a saudade na ânsia mais pungente De retornar à pátria idolatrada