Nada! Filosofia rude e amara Na qual acreditei, com pena embora De abandonar a crença que esposara A minha aspiração de cada hora Crença é o perfume d'alma que se enflora Com a luz divina, resplendente e rara Da fé, única luz da única aurora Que as trevas mais compactas aclara Revendo os dias tristes do passado Vi que troquei a fé pela ironia Nos desvios e excessos da razão Antes, porém, não fosse tão ousado Pois nem sempre a razão profunda e fria Alivia ou consola o coração