Maria É a Mãe piedosa De todas as mães resignadas e sofredoras É a consolação Que se derrama puríssima Sobre os prantos maternos Vertidos na corola imensa das dores É o manto resplandecente Que agasalha os corações das mães piedosas Amarguradas e infelizes Que orvalham com lágrimas benditas As flores do seu amor desvelado Espezinhadas pelo sofrimento Fustigadas pelo furacão da desgraça, atropeladas pelo mal Perseguidas pelo infortúnio No sombrio orbe das lágrimas e das provações Todas as preces maternas Ascendem aos Espaços Como um doloroso brado de angústia a Maria E a rosa sublime de Nazaré Escuta-as piedosamente Estendendo os seus braços tutelares Às mães carinhosas e desprotegidas E bastam os eflúvios do seu amor sacrossanto Para que as consolações se derramem Cicatrizando as feridas Balsamizando os pesares Lenindo os padeceres Das mães desoladas, que encontram nela O símbolo maravilhoso de todas as virtudes! Ao seu olhar compassivo Pulverizam-se os rochedos do mal Do oceano da vida de desterro e de exílio Para que o Brigue da Esperança Com as suas velas alvas e pandas Veleje tranquilamente Buscando o porto esperado com ânsia Da salvação das almas que sofreram Nos torvelinhos do mundo Como náufragos de uma tormenta gigantesca Que não se perderam no abismo das águas tenebrosas Do mar da iniquidade Porque se apegaram A âncora da Fé Maria é o anjo, pois Que nos ampara e guia em nossa cruz Levando-nos ao céu, cheia de piedade e comiseração Pelas nossas fraquezas Ela é a personificação do amor divino No vale das sombras e das amarguras E sendo o arrimo de todas as criaturas É, sobretudo A Virgem da Pureza Mãe das mães