Ó minha santa mãe! Era bem certo Que entre as preces maternas estendias As tuas mãos sobre os meus tristes dias Quando na Terra – que era o meu deserto Nos instantes de dor, bem que eu sentia As tuas asas de Anjo da Ternura Pairando sobre a minha desventura Feita de prantos e melancolia Flor ressequida eu era, e tu o orvalho Que me nutria, pobre e empalecida Era a tua alma a luz da minha vida Meu tesouro, meu dúlcido agasalho! Ai de mim sem a tua alma bondosa Que me dava a promessa da esperança Raio de luz, de amor e de bonança Na escuridão da vida dolorosa E que felicidade doce e pura A que senti após a treva e a morte Findo o terror da minha negra sorte Quando vi teu sorriso de ventura! Então, senti que as Mães são mensageiras De Maria, Mãe de anjos e de flores E Mãe das nossas Mães cheias de amores Nossas meigas e eternas companheiras!