Para aquém dessas cruzes esquecidas Nas sepulturas ermas e desertas Há o turbilhão frenético das vidas Sobre as estradas ásperas, incertas Inda há sânie das úlceras abertas No coração das almas combalidas Gozadores de outrora entre as refertas Das ilusões que tombam fenecidas Só uma glória mirífica perdura Concretizando os sonhos da criatura Cheia de crenças e de cicatrizes É a vitória da dor que aperfeiçoa Luminosa e divina, humilde e boa Glória da dor, que é pão dos infelizes