Já viste, filho, a floresta Varrida pelas tormentas? Partem-se troncos anosos Caem copas opulentas Mil árvores grandiosas Esfacelam–se nos ares Tombam gigantes da selva Venerandos, seculares Mas as florinhas silvestres São apenas baloiçadas Continuando graciosas A tapetar as estradas Zune o vento? Geme a selva? Não sabe a pequena flor Que perfumando o caminho Compõe um hino de amor Flores silvestres!... Imagem Dos bons e dos pequeninos Que sobre o mundo derramam As graças dos dons divinos Na selva da vida humana Caem grandes, poderosos Arcas repletas de ouro E frontes ébrias de gozos Mas, os humildes da Terra Dentro da fé que os conduz Não caem... São refletores Da bondade de Jesus Flores silvestres da vida Não sabem se há tempestade De ambições e se há no mundo Leis de ódio e iniqüidade Nos dias mais tormentosos Sê, filho, como esta flor Chore o homem, grite o mundo Palmilha a estrada do amor