Eu mesmo estou a ignorar se posso Chamar-me ainda o Emilio de Menezes Procurando tomar o tempo vosso Recitando epigramas descorteses Como hei de versejar? Rimas em osso São difíceis, contudo, de outras vezes Eu sabia rezar o Padre-Nosso E unir meus versos como irmãos siameses Como hei de aparecer? O que é impossível É ser um santarrão inconcebível Trazendo as luzes do evangelho às gentes Sou o Emilio, distante da garrafa Mas que não se entristece e nem se abafa Longe das anedotas indecentes