Pudesse o nosso olhar, vagueando os ermos Ver através da própria soledade A expressão luminosa da Verdade E da luz da Verdade não descrermos Preocupar-se aí, porém, quem há de Com o problema de sermos ou não sermos Pois que o ardente desejo de o sabermos É sempre o anelo falso da vaidade? Peregrinos da dor, na dor andamos Sem que a nossa miséria se desfaça No escabroso caminho onde marchamos Seguindo a alma nos sonhos iludida Até que a dor unindo-se à desgraça Descerre os véus que encobrem outra vida