Quem, senão Deus, criou obra tamanha O espaço e o tempo, as amplidões e as eras Onde se agitam turbilhões de esferas Que a luz, a excelsa luz, aquece e banha? Quem, senão ele fez a esfinge estranha No segredo inviolável das moneras No coração dos homens e das feras No coração do mar e da montanha! Deus! Somente o eterno, o impenetrável Poderia criar o imensurável E o universo infinito criaria! Suprema paz, intérmina piedade E que habita na eterna claridade Das torrentes da luz e da harmonia!