Não te entregues na Terra à vil mentira Desfaze a teia da filáucia humana Que a morte, em breve, humilha e desengana A demência da carne que delira O gozo desfalece à própria gana Toda vaidade ao báratro se atira Sob a ilusão mendaz chameja a pira Da verdade, celeste, soberana Finda a festa de baldo riso infando A alma transpõe o túmulo chorando Qual folha solta ao furacão violento E quem da luz não fez templo e guarida Desce gemendo, de alma consumida Ao turbilhão de cinza e esquecimento