Se eu pudesse, diria eternamente Aos flagelados e desiludidos Que sobre a Terra os grandes bens perdidos São a posse da luz resplandecente A dor mais rude, a mágoa mais pungente Os soluços, os prantos, os gemidos Entre as almas são louros repartidos Muito longe da Terra impenitente Oh! Se eu pudesse, iria em altos brados Libertar corações escravizados Sob o guante de enigmas profundos! Mas, dizei-lhes, ó vós que estais na Terra Que a luz espiritual da dor encerra A ventura imortal dos outros mundos!