Há no estertor da morte uma beleza Transcendente, ignota, luminosa Beleza sossegada e silenciosa Da Luz branca da Paz, trêmula e acesa É o augusto momento em que a alma, presa Às cadeias da carne tenebrosa Abandona a prisão, dorida e ansiosa Sentindo a vida de outra natureza Um mistério divino há nesse instante No qual o corpo morre e a alma vibrante Foge da noite das melancolias! No silêncio de cada moribundo Há a promessa de vida em outro mundo Na mais sagrada das hierarquias