Homem, levanta o véu do teu futuro Troca o prazer sensualista e obscuro Pelo conhecimento da verdade Foge do escuro ergástulo do mundo E abandona o desejo moribundo Pelo poder da tua divindade Teu corpo é todo um orbe grande e vasto Livra-o do mal unífero, nefasto Com a espada resplendente da virtude Que o sol da tua mente, eterno, esplenda Dando a teu mundo a mágica oferenda Da alegria em divina plenitude Deixa o conjunto de ancestralidades Da carne, o eterno símbolo do Hades Onde o espírito clama, sofre e chora Deixa que as tuas glândulas do pranto Te salvem do cadinho sacrossanto Da lágrima pungente e redentora Mas, sobretudo, observa o pensamento Fonte da força e altíssimo elemento Em que toda molécula se cria Da existência ele faz sepulcro abjeto Ou jardim luminoso e predileto De arcangélicas flores de harmonia Ouve-te sempre a ronda do mistério Mas faze de tua alma um grande império De beleza, de paz e de saúde Que as tuas agregações moleculares Vivam livres de todos os pesares Com os tônicos sagrados da virtude Tua vontade esclarecida e forte Triunfará das angústias e da morte Além dos planos tristes da matéria Mas a tua vontade enfraquecida É a meretriz no báratro da vida Amarrada no catre da miséria!