Quintão, eu sei da saudade Que te aperta o coração Dos nossos dias passados Que tão distantes se vão Vassouras! Belas paisagens Cheias de vida e de cor Um céu azul e estrelado Cobrindo uns ninhos de amor Árvores fartas e verdes Pela alfombra dos caminhos A ermida branca e suave De ternos, doces carinhos O nosso amigo moreira E a sua barbearia Onde uma vez me encontraste Na minha noite sombria Detalhes cariciosos Da vida singela e calma Vida de encantos divinos Que eu via com os olhos d'alma Meus pobres versos – singelos Aves implumes da dor Que traduziam no mundo O meu pungente amargor A minha pobre carlota A companheira querida O raio de claridade Da noite da minha vida Os artigos do bezerra De outros tempos, no o pais O mestre da velha guarda Unida, forte e feliz A tua doce amizade A luz do consolador Teu coração generoso De amigo, irmão e mentor Ah! Quintão, hoje os meus olhos Embebedam-se de luz Pelas estradas sublimes Da santa paz de Jesus! Mas não sei onde a saudade É mais forte nos seus véus Se pelas sombras da terra Se pelas luzes dos céus