Todo esse anseio que tortura o peito Estrangulando a voz exausta e rouca Que em cada canto estruge e em cada boca Faz o soluço do ideal desfeito Ansiedade fatal de que se touca A alma do homem mau e do perfeito Sobe da Terra pelo espaço eleito Numa imensa espiral, estranha e louca Formando a rede eterna e incompreendida Das ilusões, dos risos, das quimeras Das dores e da lágrima incontida Essa ansiedade é a mão de Deus nas eras Sustentando o fulgor da luz da Vida No turbilhão de todas as esferas!