Ó mães que chorais na vida Os vossos ternos anjinhos Que quais meigos passarinhos Cindiram o espaço azul Deixando-vos sem conforto O peito dilacerado O coração desolado A alma tristonha e exul Reconhecei que na Terra Só se conhecem as dores Os prantos, os amargores As frias noites sem luz E os vossos filhinhos ternos Quais centelhas luminosas São as flores mais formosas Das moradas de Jesus São mensageiros felizes Nas radiantes alturas Em meio das luzes puras De outras rútilas esferas Resplandecendo imortais Nos espaços deslumbrantes Quais reflexos brilhantes Das celinas primaveras Visitam os vossos lares Como gênios protetores Ofertando-vos as flores Do seu afeto eternal Osculam-vos ternamente Insuflando-vos coragem Ao transpordes a voragem Do abismo negro do mal Alegrai-vos, pois, ao verdes Quando partem sorridentes Venturosos, inocentes Como fúlgidos clarões Eles farão despertar As alvoradas formosas De luzes esplendorosas Dentro em vossos corações