Andam sombras errando abandonadas Ao pé das lousas e das covas frias Almas de pobres freiras desamadas Perambulando pelas sacristias Almas das que não foram desposadas Como bandos de rolas erradias Angélicas visões de bem-amadas Mortas na aurora rútila dos dias Virgens mortas! Tristíssimas oblatas De um sacrário de luz piedoso e santo Que sonhais entre os tálamos celestes Entoai nos céus as tristes serenatas Com as vossas roxas túnicas de pranto Cantando à luz do amor que não tivestes!