Como a orquídea de arminho quando nasce Sobre a lama ascorosa refulgindo A brancura das pétalas abrindo Como se a neve alvíssima a orvalhasse Qual essa flor fragrante, como a face Dum querubim angélico sorrindo Do monturo pestífero emergindo Luz que sobre negrumes se avistasse Assim também do túmulo asqueroso Evola-se a essência luminosa Da alma que busca o céu maravilhoso E como o lodo é o berço vil de flores A sepultura fria e tenebrosa É o berço de almas – senda de esplendores