Fita o Mestre, da cruz, a multidão fremente A negra multidão de seres que ainda ama Sobre tudo se estende o raio dessa chama Que lhe mana da luz do olhar clarividente Gritos e altercações! Jesus, amargamente Contempla a vastidão celeste que o reclama Sob os gládios da dor aspérrima, derrama As lágrimas de fel do pranto mais ardente Soluça no silêncio. Alma doce e submissa E em vez de suplicar a Deus para a injustiça O fogo destruidor em tormentos que arrasem Lança os marcos da luz na noite primitiva E clama para os Céus em prece compassiva Perdoai-lhes, meu Pai, não sabem o que fazem!