Penso que penso, mas eu não penso! Eu não tenho tempo pra pensar Penso que penso, mas eu não penso! Eu mal tenho tempo pra viver Em minha senzala moderna, cercado de guardas e grades Ligo o ar condicionado, acendo o meu cigarro. Morro asfixiado A minha cabeça é uma babel apontada pro céu Conectada por fios e cabos e antenas de TV O futuro Bem-vindos ao futuro Frente clara, verso escuro A inversão da velha regra é o maior lance do jogo O futuro Nós já estamos no futuro Acredite! Eu vi! Eu juro! O Corpo de Bombeiros foi lambido pelo fogo Em minha prisão sobre rodas cercado de sinais vermelhos Desço um vidro embaçado, respiro um ar carregado Morro asfixiado a minha cabeça é uma Babel apontada pro céu Conectada por fios e cabos e antenas de TV