Minha rainha, aonde quer que esteja, esteja em paz Minha guerreira, aonde quer que esteja, esteja em paz Numa manhã de sol o coração apertou mais forte Difícil carregar o fardo de entender a morte Envolta só lamentos, abatimentos, ruína Não foi nada fácil enterrar minha heroína Milhões de pensamentos como um filme ou almanaque Tristeza escancarada com a soma do choque e baque Guerreira igual a d'Arc, hospedada em um bom lugar Tá junto com o João e a Ana lá no Nosso Lar Sua falta é constante a todo instante vem lembranças Suspiros profundos faz lembrar de suas danças Dos almoços de domingo ao som de Martinho da Vila É inevitável não chorar e molhar a pupila A saudade aperta o peito e o efeito é devastador Vejo sua foto e fico sempre entre o sorriso e a dor Mais amor, por favor, dê valor ao amor materno Valorize, pois a minha foi num sábado de inverno Minha rainha, aonde quer que esteja, esteja em paz Minha guerreira, aonde quer que esteja, esteja em paz Os batimentos aceleram e só agora a ficha cai Quem nunca vi chorando e tava aos prantos, foi meu pai Família ferida, nossa querida brilhou Com o céu bem azulado é o jeito que nos deixou Sua alma é presente e o sofrimento libertou Clamei por teu sinal, mas não demorou e chegou Numa bela tarde li sua psicografia Até a assinatura era igual a sua grafia Momento nostálgico e semblante de alívio Sei que está em paz, mas seu rapaz quer teu convívio Abraço confortante em meus sonhos é meu amparo No rosto estampo o riso de quem passou a noite em claro Lembrando dos momentos que contigo foram imensos Nem tudo era perfeito, vários bons e alguns tensos Resgato nos incensos o cheiro do seu perfume O aroma traz sintomas que atinge o mais alto cume Acordo e me recordo do riso que só tu tinha Onde quer que esteja, eu te amo, minha rainha Minha rainha, minha guerreira Aonde quer que esteja, eu te amo