Já não toco mais boiada a cavalo no estradão Minha tropa boiadeira transformou-se em caminhão Eu lavava antigamente de oito a dez companheiros Hoje me vejo sozinho no expresso boiadeiro Vai boiada, vai cruzando este sertão Vai boiada, dentro do meu coração Vai boiada, vai matando de emoção Boiadeiro apaixonado que hoje chora de saudade De saudade da poeira da estrada Neste meu novo transporte eu levo toda a boiada Sou culatra, sou ponteiro, não deixo boi de arribada A cabine é meu cavalo, a buzina é meu berrante E a lágrima, a saudade dos companheiros distantes