Eu venho vindo de uma querência distante Sou um boiadeira errante Que nasceu naquela serra O meu cavalo corre mais que o pensamento Ele vem no passo lento Porque ninguém me espera Tocando a boiada, uê, uê, uê, boi Eu vou cortando a estrada, uê, boi Tocando a boiada, uê, uê, uê, boi Eu vou cortando a estrada Toque o berrante com capricho, Zé Vicente Mostre para essa gente O clarim da alterosas Pegue no laço, não se entregue, companheiro Chame o cachorro campeiro Que esta rês é perigosa Olhe na janela, uê, uê, uê, boi Que linda donzela, uê, boi Olhe na janela, uê, uê, uê, boi Que linda donzela Sou boiadeiro, minha gente, o que é que há? Deixa o meu gado passar Vou cumprir com a minha sina Lá na baixada, quero ouvir a seriema Pra lembrar de uma pequena Que eu deixei lá em Minas Elá é culpada, uê, uê, uê, boi De eu viver nas estradas, uê, boi Ela é culpada, uê, uê, uê, boi De eu viver nas estradas O rio tá calmo e a boiada vai nadando Vejo aquele boi berrando Chico Bento corre lá Lace o mestiço, salve ele das piranhas Tire o gado na campanhas Pra viagem continuar Com destino a Goiás, uê, uê, uê, boi Deixei Minas Gerais, uê, boi Com destino a Goiás, uê, uê, uê, boi Deixei Minas Gerais, uê, boi