Aquela mesa da cantina está molhada De amargo pranto de bebida e dissabor Só ela sabe o segredo de um boêmio, Que ali passou muitas noites sem amor Nas madrugadas quando apaga a luz da rua A mesa fica sempre no mesmo lugar Com as bitucas de cigarro no cinzeiro De um boêmio que passou a soluçar Este boêmio sou eu meu destino é chorar O meu dinheiro é sem valor, amor eu não posso comprar. Quando a cantina vai baixando suas portas A mesa fica sempre no mesmo lugar E o boêmio deixa a mesa e vai andando Nas ruas mortas á procura do seu lar