Chapéu meio ladeado, trancão de enfrentar repecho As vez um calor danado, noutras frio de bater queixo Potreiro, canto de cerca, com calma enfrena a gateada E num upa alça a perna pra encerrar a cavalhada Peonada verde de mate, conforme a hora, isto é certo Cambona longe do fogo, um perro sempre por perto Qualquer cosa é logo ali, mesmo sendo uma lonjura E os campos do patrão vão até uma certa altura Indiada sem cerimônia Comem com o prato na mão Gente simples, sem floreio E um baita coração São homens de compromisso Depois de dito, tá feito E vão topando os desafios Assim no osso do peito O dia é bem tocado e quase sempre a lida aperta Mas ninguém faz cara feia, isso é a coisa mais certa Trabalham dando risada, com confiança e fé em Deus Do alheio nunca se sabe, cada um cuida dos seus Esses homens de bom senso não são de errar o pealo Vestem uma pilcha com gosto e andam bem a cavalo Nunca se negam pra nada, seja festança ou serviço E antes de passar adiante costumam pedir permisso