Na sombra de um cinamomo Olhando longe a coxilha, Meus versos voam pra longe Nas asas da redondilha. A cuia, porongo quente, Parece me acarinhar, A grama verde me chama, Vontade de me deitar! Forro o capim com os pelegos Pra poder me espreguiçar Enquanto sorvo o amargo De um verso rimado em ar. Campeando o mote pra o verso Me paro então a cismar, E as rimas pobres se cansam E morrem faltando o ar. Minha alma está de lombeira E o corpo meio esquisito, Por mais que eu pense e repense Não acho um verso bonito. Sigo olhando as coxilhas Maneado pelo aconchego De um verso meio entrevado Judiando a lã dos pelegos. Na sombra de um cinamomo Me espreguiçando com a rima, O meu verso morreu de tédio Nas tranças daquela china.