A flor, O fruto, O verso, O verbo, O sexo No meio do quintal Um só reflexo do nexo Entre o seu e o meu louco animal Repito, refazendo cada segundo é tão vital A fome, feito faca, fere todo homem tal e qual O ciclo é como um cio, Um vício tão difícil de se sustentar. Um corpo pede mais um copo, Outro corpo pede pra deitar. O movimento é bem maior do que se pode imaginar, Vai produzindo, consumindo o tempo todo sem parar Às vezes, paro e penso em mim Família, casa, filhos A vida sabe como ser feliz, Sabe um jeito de fazer sorrir A natureza é minha amiga, Inimiga também, por que não? É tão bonita e vaidosa, Essa mulher exige atenção. Dona da minha vida, Alegria do meu coração, Te amar é bom, mas sofro Quando penso em minha devoção Às vezes, paro e penso em mim E dá vontade de sair pro mundo, Esquecer de mim. Fazer só o que eu quiser, Enfim.