O sangue alheio não incomoda os servos da guerra Que resumem em números as mortes deixadas pra trás, Que deixam em chamas o alvo escolhido E transformam em ruínas o caminho trilhado O brilho da glória escurece a visão Que "justifica" a incoerência de um povo cego Há ultrapassar barreiras, há conquistar fronteiras Em nome de uma ordem unilateral O medo da morte paralisa a ação Que "justifica" a fragilidade de um povo fraco A deixar de lutar, a se entregar Pela esperança da vida em uma guerra perdida A se ajoelharem diante do poder Em honra ao "mérito" De não serem as próximas Vítimas da história A se ajoelharem diante da história Em honra ao "mérito" De não serem os alvos Da ostentação do poder