Qual é a sorte de ser um humano? Me diga, qual é a sorte de virar um robô? Eu me banho num lago de rosas pra me livrar desse destino sujo Que castiga com culpa e machuca com esperança E castiga nesse olhar sereno Pupilas de navalha suja Sopraram vozes corrosivas E elas penetram fundo na pele São mensagens de uma terra selvagem E eu não me atrevo a seguir as suas leis selvagens, selvagem Pois o berço vem da mente Do berço pra sepultura Folheando jornais velhos na sala de espera da vida Que tudo se mostre exato e sincero como deve ser Sem santo nem alma penada pra me ensinar a sofrer E sem mais perda de tempo com falsas promessas Um dia eu pago os meus pecados mas eu não tenho pressa