Sou gauchinha faceira Sou o campo Sou o céu azul Sou descendência farrapo Sou o Rio Grande do Sul Sou a mulher fronteiriça na tradição rio-grandense De verso em verso eu canto as coisas que me pertencem Sou pioneira na gaita Meu claridá da alvorada Sou o quero-quero avisando vem inimigo na estrada Sou gauchinha faceira Sou o campo Sou o céu azul Sou descendência farrapo Sou o Rio Grande do Sul Sou a gaúcha dos pampas Nasci no romper da aurora Sou a peleia de adagas Sou o Rio Grande que autrora Sou o minuano que sopra na cochilla do meu papo Sou a manancial boiadeira Sou o carinho, Sou o seu afago Sou gauchinha faceira Sou o campo Sou o céu azul Sou descendência farrapo Sou o Rio Grande do Sul Sou a cuia de borongo Sou a erva do chimarrão Sou o som da velha da gaita nos fandangos de galpão Sou à flor da maçanilha que perfuma a primavera Do gaúcho que ama sou a gaúcha sincera