Não sei se há um porquê pra pensar Num pensamento que não é tenaz A vida é bela mas só que não tem nada a ver Parar o tempo pra não o perder Meu passo à frente de papo pro ar Sonoras fugas em tom genial Se eu digo: “eu faço!”, me calo, pois não sei mentir Eu quero a chance pro meu discernir E eu me pergunto: "Será que essa massa é pra sempre Se o senso é lugar –comum? Eu me respondo que posso ser mente, ser sempre Um dois que é bem mais que um Às vezes penso que não sou normal Platão de ideias mas sem ideal Vivo num mundo que ainda está aí por vir Mas que não passa de um dèjá vu E se eu não posso ser sempre o que sou O que importa saber onde estou? Se eu me perco ou me acho, sou um grão-vizir E o meu espelho é pra não refletir... (Repete refrão)