Quem desfaz de meu queixume Broto da indignação Os lucros desta sua safra Não me dizem nada O meu barulho é verso em canção Quem me faz de invisível Não quer me ver nem ouvir Embalo no meu eu sensato Que o momento exato Alguém de base haverá de surgir Aí quem me olha Não vê meu começo Esmaga e reforça Virtude e tropeço Aí quem me olha Não sabe o que faz Detona em minha alma O pior de mim A bomba que ativa o fim Quem se apraz com a ruína alheia Em risos sem noção Não pesca que a caminhada É sempre igualada Numa constância, que é pura ilusão Quem refaz, se põe em meu lugar Talvez vá entender Que a pedra que está no sapato É caso pensado Pois só na dor que se pode aprender