Correr contra o relógio Não vai adiantar Cobiçar o sucesso Não vai me curar De qualquer paixão Hoje eu abro mão Preciso nessa contramão Me encontrar primeiro Eu preciso de um pouco de molho Para vencer os encostos Da minha última vida Só preciso de muito equilíbrio Realeza e brilho Já tive da última vez Eu vou chorar se lembrar Me sentir arrependido De ter sido um poeta Vencido pelos vícios Não é o fim, não foi E nunca será Só preciso de um tempo Para poder superar Vou me magoar se lembrar Da minha última vida Do chororô e desespero Da despedida Não é o fim, não foi E nunca será Só preciso de luz Para me perdoar