Sei que nós dois Nos tornamos máquinas De fazer amor sem sentimento Só pro outro ficar sabendo E achar Que não se sente mais nada Na verdade a gente pede ao tempo Que cure todas as mágoas Sei que nós dois Não jogamos mais limpo Outras pessoas iludindo Para alimentar nossa vingança E quando outros corpos Estamos despindo De repente vem aquela lembrança De certos momentos de criança Em beijos e carícias Acorrentados Dos adultos distanciados Um desejo invade o corpo todo Sentindo os limites Ultrapassados Fecha a porta do seu quarto E nos entregamos um ao outro Dois inocente famintos Pela paixão insaciados Esquecemos do mundo Só naquela sensação concentrados Inexperientes apenas guiados Pelo instinto Mas não somos perfeitos E com o outro cometemos pecados A desconfiança e o ciúme conseguiram Que o nosso namoro fosse acabado Mas nem adianta negar O que a gente viveu e fez As nossas cabeças e os nossos corpos vão lembrar Da nossa primeira vez