Não quero ser só vista Como objeto de consumir Não quero ser mais uma Entre milhões Meu eu é tão complexo Repleto de sensações Ansioso pelas transformações Que há de vir Já mudei mais de mil vezes De paixões em um só ano Já mudei milhões de vezes de planos Sobre decisões de minha vida Em vários papéis Já peguei me atuando No espelho, me estranho Pois não me reconheço mais Me perco dentro do meu eu Tudo é incerto E eu me deixo assim a toa Meus passos minhas antigas ânsias desmente Peço a Deus para que minha mente De repente não exploda Não quero ser mais uma simples cópia Que cola metas e realizações Quero ser autora de minha história Mas não sei que trajetória É mais apta para seguir Qualquer escolha tem seu risco E interiormente não consigo Decidir e nem agir Por uma inevitável metamorfose Estou passando Por qual passa qualquer ser humano Mas um dia acordarei deste sonho ruim E o destino dirá O que farei de mim