Marturinhas

Dividida

Marturinhas


Não sei mais o que faço com o meu coração
Se eu guardo para quem pedir minha razão
Ou dou ele a leilão

Se eu for pela cabeça
Posso me arrepender
Se eu der para quem ele dispara quando ver
Eu posso ter como companheira a decepção

Não sei como tudo fugiu do controle das minhas mãos
Se eu já era apaixonada por outrem
E chegou um furacão

De sentimentos a me confundir
De olhares e elogios a me persuadir
Que me deixou mais uma marionete de uma tal de paixão

Não posso impedir de sentir carinho e zelo pelo primeiro
E pelo segundo atração e desejo
Em ficar vermelha e tremer as pernas
Quando simplesmente o vejo

Um amigo colorido e distante que me aos poucos conquistou
Contra um apaixonado por perto
Que desconheço e embaraçou
As definições daquilo que eu chamava de amor

Como devo agir?

E ambos semi-perfeitos para os meus olhos
Um colega que admiro
Um amigo que adoro
Um me faz despertar meu instinto animal
Outro me faz querer que nunca lhe aconteça o mal

O amigo quero acompanhar sua jornada
O aconselhar e o proteger
E só depois me declarar apaixonada
Com o colega quero arriscar quebrar a cara
Tentar desvendar seus pensamentos e mistérios
E me entregar a essa força que me amarra

E eu que até demais
Versos e poesias sobre o que sinto e penso faço
Me abro uma vez mais
Procurando uma solução
Com um teclado

Me perguntando o que faço
Como ajo?