Quis embora para Pasárgada Mas faltou-me recursos Dona de uma sede de justiça farta Tornei minha vida um absurdo Minha boca não fala Meus olhos não veem Mas o tempo não para Para eu poder te dizer Elaborei e impus minhas rígidas regras A um bando de humanos loucos E meu coração cantava aquelas rezas Lhe pedindo por socorro Essas implorações eu ouço E o meu corpo não obedece Mas você também é orgulhoso E de mim não se compadece Formulei milhares de respostas Para as perguntas de mundo Que eu havia me feito E nisso, eu boba, virei às costas Para quem sempre estava comigo Não segui os inúmeros conselhos E te deixar escapar foi um dos piores erros E agora não sei o que é que eu faço Vendo outra do teu lado Vou roubar os beijos que você me negou E dizer tudo afinal de contas Vou confessar que me tornei Uma mulher irritada, mimada Impaciente e uma chorona Vou ficar na porta do teu quarto E me oferecer feito uma sem vergonha E depois que eu tiver me declarado Pro seu amor vou pedir carona